Desde que não me seja impunemente Farei... José Ronaldo dos Santos
Desde que não me seja impunemente
Farei de tudo assim que seja escuro
E do menos óbvio que não seja puro
O máximo do claro e evidente
Desde que não me tirem a minha paz
Farei do mais opaco o transparente
Más não por ser tão forte ou valente
Nem me achar extremamente capaz
É que eu trago no meu olhar nascente
E com toda imagem ampliada
A visão do meu cascalho vivente
E no peito a dor resignada
Da amargura em estado latente
Que tão friamente ficou guardada