Nem tudo me excita, nem tudo me incita e... N Arnaud
Nem tudo me excita, nem tudo me incita e nem tudo levita, o que me desnuda e arrepia vai além do toque é efêmera e descompassada a palpitação que consome, a boca que me toma assim sem nenhum pudor e arrebata os limites que se tenta impor, vai tateando cada centímetro do que era meu se tornando teu quase involuntariamente, não há mais restrição em demarcar território nessa devasta ânsia em possuir, já nada me pertence pois me tomaste a alma sem resgate, já não possuo o que me mantinha segura, agora sou fadada a estar em tuas mãos, pois é nelas que me entrego. És agora o guardião do que me é mais valioso, minha lucidez nem sei em que momento a perdi ficou fragmentada. Domina meus sentidos e meus desejos já os conhece bem, me mantém refém de tuas inebriantes citações e nessa ilusão que me consome já me possui sem ter. Norma Arnaud