CHEIRO DE CERRADO Quando a alvorada... Poeta mineiro do cerrado -...

CHEIRO DE CERRADO Quando a alvorada chegou, eu fui a janela Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava E estaquei, ... Frase de Poeta mineiro do cerrado - LUCIANO SPAGNOL.

CHEIRO DE CERRADO

Quando a alvorada chegou, eu fui a janela
Sentei-me. O horizonte abriu, a vida arfava
Eu, ao vento, atraído, a essa hora admirava
E estaquei, vendo-a esplendorosa e bela

Era o cerrado, era a diversidade em fava
Céu róseo um mimo! A arder como vela
De pureza singela tal qual uma donzela
Que hipnotizava a alma, eu, observava

Então me perdi no perfume que exalava
O olhar velava com pasmo e com tutela
Aí, hauri toda a essência que fulgurava

E agora, fugaz, lembrando ainda dela
Sinto o cheiro, que na memória trava
Da alvorada do cerrado vista da janela

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano