MEUS OLHOS Meus olhos não tem garras...... Antonio Montes
MEUS OLHOS
Meus olhos não tem garras...
Não faz trapézio, nem escala
mas, vaga solto pelo tempo
como se fosse potro no campo
Em seu tiro, atira-se ao longe
bisbilhotando seu encanto.
Meus olhos quando tromba,
sobre o caule d'aquela arvore...
Rapidamente, escala para copa
uma vez lá, verifica flores e frutos
rodeia as folhas, e passeis pelo verde
então ele se da conta, que a flora...
É o meio responsável pela sede.
Meus olhos, mira, de norte a sul
de leste ah oeste, sobre os montes...
Depois visita o arco-íres colorido
sobe o azul do céu, para em seguida....
Pousar sobre o horizonte e perceber
que o mundo sem verde, seria
um escarcel, um degredo para saúde
um grude tingindo o céu.
Ao olhar toda essa peripécias
meus olhos se da conta
de que não sabe pular
e sem voar, inicia a sua descida.
Como se tivesse, desfrutando a vida...
Tão logo se estica, galopa pelos prados
atira-se sobre o horizonte
e vai parar na cachoeira da serra
lá por detrás da cortina da neblina,
ele toma banho na cerração
do amanhecer, e jorra partícula de
alegria no totem do meu coração.
...Tem horas que meus olhos...
Vaga pelas cores e sai por ai
cantarolando de felicidade
e pulsando com os amores
da nossa verdade.
O olhar dos meus olhos...
Não tem peso nem medidas
não se esconde atrás do mundo
nem nunca deturpa a vida.
Antonio Montes