O amor talvez não seja para você. Uma... Bruno Fernandes Barcellos

O amor talvez não seja para você.

Uma vez, em uma entrevista ao Saia Justa, o Psicanalista Jorge Forbes afirmou: "pessoas inteligentes não casam."

Não se encha de orgulho se você se identificou com a parte do ser inteligente e nem se ofenda se você, assim como eu, casou.

A frase do Forbes está longe de um elogio, mas se coloca como uma inteligente crítica. Pessoas que se dedicam muito ao pensamento podem ter dificuldades para se entregar a uma relação afetiva.

Quanto mais pensamentos, mais dúvidas produzidos e se enxergarmos o amor aos olhos da razão, vai faltar sentido, lógica e explicação.

Recorro ao poeta para uma intervenção:
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"

Poderia ser o autor deste poema, mas ainda estou na fase do Danoninho perto de Fernando Pessoa, que através de Álvaro de Campos escreveu o Poema em Linha Reta.

Existiria amor na nobreza? Amor para os campeões?

"Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida..."

Talvez o amor seja para plebeus e não para reis e rainhas, talvez não seja um jogo para se ganhar, mas para enfim se render.

Podemos encontrar em outras letras melhores elucidações, mas me limito a Pessoa, que não sabia nada do amor e por isso nos ensina tanto, Todas as Cartas de Amor São Ridículas:

"Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas."

Talvez o amor esteja para os frágeis, para os que arriscam e se jogam no abismo desconhecido.

E assim deixo a minha contribuição, o amor talvez não lhe caiba, se em você tudo sobra, tudo se sabe e tudo se pensa.
O amor não é para profissional, o amor é para amador.

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