Sem Nome Eu aqui Amando a... Daniel Melo

Sem Nome

Eu aqui
Amando a impossibilidade
De se quer ouvir
O que penso

Escrevo versos disformes
Vivo amores intensos
Porém distantes
Temporal e geograficamente.

Seria eu o estranho
A não participar
Do que seria a vida?

Mas de que vale esses versos
Fúteis
Me prendem a esta mesa
Pensando no meu que poderia ter sido
E não fiz.
E me jogando no desgraçado e "se"

Sou o ranzinza e velho de alma
Implorando pela atenção das ideias
E a retidão da solidão
Com bons companheiros dispostos
Fazer passar
Porém não permito fluir, e me agarro a sabedoria ilusória

"Não retire minha solidão
Se antes não me oferecer companhia verdadeira "
O que seria a companhia verdadeira?

Definitivamente não valho
Se quer o chão que piso
Porém me faço maior ainda
Por quem insiste em se colocar
No subsolo

Sou escravo do desejo
Vadio da sorte
Mas e quem sou eu?
A viagem de auto-conhecimento
E nada mais que retrocesso

E minto, todos mentem
Pra si e por si
Em prol de parecer
O menos humano o possível.