LÁGRIMA (soneto) Quando meus olhos... Poeta mineiro do cerrado -...

LÁGRIMA (soneto) Quando meus olhos leram o cerrado Umedeceram de lágrima ressequida Que pagou os meus pecados da vida E o que devo, ainda num tempo calado Por o... Frase de Poeta mineiro do cerrado - LUCIANO SPAGNOL.

LÁGRIMA (soneto)

Quando meus olhos leram o cerrado
Umedeceram de lágrima ressequida
Que pagou os meus pecados da vida
E o que devo, ainda num tempo calado

Por outro lado, brada a poesia, e lida
Se não é como gastaria, é um estado
Faço todos os dias, pois me é sagrado
Nela, as lágrimas, escrevo a dor doida

Também rimam a felicidade, o meu fado
No poema misturado, n'alma repartida
Porém, cada lágrima, um sonho sonhado

De lágrima em lágrima, a poesia cumprida
A existência traduzida, o verbo anunciado
E segue, poeto, até a hora da despedida...

Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano