E só a gente sabe o que a gente sente,... Keila Tainá

E só a gente sabe o que a gente sente, quando o coração se liberta e gesto simples nos deixa contente;
Mesmo quando em meio a tristeza, ainda existe audácia e destreza, e nossa vida aos pouquinhos se ajeita;
Tudo caminha sem desvios, os ventos cantam através de assovios e aniquilam nossos fantasmas dos lugares sombrios.
As órbitas se alinham, os casais se aninham, e medo fica sem espaço para ocupar;
Os sentidos aguçam, os barulhos esmiúçam e nem é preciso dormir para sonhar.
Nos vãos momentos, à irrelevância é dada importância, nossa memória remete a velha infância, e só desejos perduram a se realizar;
E assim, eu espero, que para o verdadeiro amor seja entregue o esmero, que as lágrimas se evaporem ao descer pelos lábios de onde habitam um sorriso aberto e que as águas que me molham e me deixam vazia, passem num único sentido sem terem a oportunidade de voltar.
E só a gente sabe o que a gente sente, quando nossa alma, sentimento e mente, em equilíbrio estão presentes e quando destinos de grandes amores ainda hão de se cruzar.