Toda criança é como um muro, no seu... Celso Corrêa de Freitas
Toda criança é como um muro, no seu nascimento precisa de um alicerce onde se sustentará. Para os recém-nascidos as mãos paternas e maternas são esses alicerces, no muro tal papel é representado pela base das colunas de sustentação.
A administrar este crescimento, o tempo.
O tempo passa, a criança cresce, o muro cresce, e em algum momento desse crescimento os cuidados que se deve ter para ambos não ruírem, é deixado de lado.
O limo, o vício, o mau tempo, as más escolhas, o descaso faz com que suas janelas sejam fechadas, e que vidros sejam colocados ao longo do seu caminho e extensão.
Até que um dia o coração do homem que deixou de ser criança, oprimido pela falta de vida, sufocado pela sujeira que ofusca a sua verdadeira cor, faz ele perceber que precisa retomar o tempo no qual os olhares das pessoas eram de respeito e admiração, pela sua altura, pela sua extensão, pela sua pintura, pela sua capacidade de guardar aqueles que do seu lado, se valiam da sua proteção.
Nesse momento ele chega a conclusão que não deve mais ficar em cima do muro, e que precisa dar vida a sua vida e a do muro, pois a melhor vida do mundo para ele, sempre será a que ele vive!
E o melhor desse muro, será aquilo que lhe permitirá descobrir que nele existe algo a lhe servir de lição, pois se de um lado dele pode estar escrito “Desistir”, do outro estará escrito “Tentar”, e é neste ponto que ele irá encontrar a sua verdadeira vitória e devolver beleza ao muro da sua casa.