Asmemórias de um guerreiro combatente... Junqueiro Júnior

Asmemórias de um guerreiro combatente
São imagens de um adolescente
Que liberta uma luz escandecente
Marcas indeléveis do seu passado obscuro
O quão a sua espingarda,
Companheira em tempos de paz e de guerra.
Lembra-se das incontáveis cicatrizes em seus dedos que tantos punhais arremessaram
Algumas vezes errando e tantas outras acertando
Mais nunca desistindo
O seu sonho era de ver Moçambique descansando
As armas calando,
Os pássaros cantando
Moçambique prosperando.

.Lembra-se do quão espirava
Enchendo seus pulmões com o gélido ar da montanha
Como se tentasse de alguma forma absorver delicadamente
Parte do espírito da natureza em sua volta.
Lembra-se do quanto camuflava
Nas mais verdes e perigosamente
Lindas e isolada floresta moçambicana
No mais belo e orgulhoso
País da Matapa e da cacana
Africanamente moçambicana

Pele asiática, branca, negra e escura
Bastante preta
Do obscuro ao mais escuro
Da cor de luto
Da nossa Malagueta, Africanamente preta

Tambores, mascaras, tribos
Ninguém levara a nossa identidade
O povo Bantu, Zulu, Basotho...,
Etnias, da nossa antiguidade.
África na mente
África valente
África eternamente sobrevivente.

Queremos uma paz saudável
Vida sem guerra
Uma paz amigável
A paz é um tesouro inestimável
O homem é bom de coração
Com a guerra torna-se num bicho indomável.