Amores ao avesso Tudo se resulta na... Enise Gonçalves
Amores ao avesso
Tudo se resulta na saudade, tempos de olhares, sentimentos oclusos, dores ocultas... Quão determinadas são as eternidades dos momentos! Que duram em sua significância minutos, que se transformam em segundos na exata fração que se encontra a felicidade...
Tudo transitório, revoluções e empatias, trazendo emoções em fatias... Fatiado encontram-se os corações, cansados de tantas inspirações jogadas em tantos jargões... Há que se transformarem os sentimentos em sensações definitivas do prazer, encontrá-las num compasso perfeitamente exposto da esperança, que lentamente vem trazendo esse preenchimento da solidão...
Triste solidão, esmagada nas tantas falácias erradas, promessas enterradas num peito rasgado carregado de dores apáticas... Tão enfadonhos são os amores ao avesso, acabam-se como adereços jogados por arremesso em dores sem endereço, por não se ter mais apreço...
Há que se aprofundar em palavras descartadas em mesas de botequim, tão afinadas e engarrafadas em verdades momentâneas, trazidas tão espontâneas saindo em versos em coletâneas... Nada há para se entender, apenas aprender, renascer e fazer viver... Enise Gonçalves