Temos presenciado ultimamente através... Ronaldo David Segundo

Temos presenciado ultimamente através das redes de relacionamento virtuais a crescente inconformidade no que tange as ações tomadas pelo poder judiciário brasileiro, todos a seu grosso modo resolveram então dar sua parcela de contribuição a doutrina jurídica comentando sobre fatos políticos. Política não, pessoas que nunca leram um artigo científico e que se vem no direito de estarem doutrinando sobre ciências políticas, nunca leram Aristóteles mas se intitulam os pais da política contemporânea. O direito de expressão é livre e eu acho louvável, mas nunca presenciei ou tive ciência de alguém que ao se deparar com um prédio dizer que o pé direito foi calculado com a fórmula errada, e muito menos alguém que ao vagar pelas ruas olhe para um veículo estacionado e dizer : " Quando este veículo ultrapassar os 200 km /h a aerodinâmica falhará devido a pressão de fatores externos sobre o corpo do mesmo ".diante os expostos me vem um questionamento quase que natural , se para opinar é necessário um mínimo teor de conhecimentos técnico ou doutrinário , o que tem levado uma parcela tão grande de pessoas a falarem sobre a legislação, jurisprudência, decisões normativas com tanta propriedade sem nem ao menos darem uma olhada superficial no que rege a constituição Federal do Brasil? Hoje tudo aqui faz lei, a bíblia é parâmetro normativo, o fato de ocupar uma posição minoritária te põe no lugar de um filósofo, ter vários seguidores em redes sociais te dá o título de antropólogo. Virou chacota, banalizaram o que chamam de " Direito". Virou-se quase que um folclore, a cada boca que passa ganha um adereço novo e vai virando um verdadeiro Carnaval de ideias vazias e infundadas. Ideias com total direito de serem expostas mas que não carregam em si o mínimo de critério lógico ao serem escritas. Aristóteles em uma de suas frases memoráveis nos traz os seguintes dizeres “O ignorante afirma, o sábio dúvida e o sensato reflete”. Sejamos francos, o que mais temos visto são símbolos de exclamações bem grandes e insensatos.
Como bem foi exposto na frase de Maurice Switzer “É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida. ”