Me sinto uma marionete conduzida por... Roseane Rodrigues

Me sinto uma marionete conduzida por fios nas mãos do destino, não sou dona de mim, não controlo nada em minha vida...
Ilusão achar que sempre estive no controle de meus sentimentos, não escolho quem sai e quem entra em minha vida, faço planos e nada é como desejei que fosse.
Dizem que nada é por acaso, então se tudo tem um propósito, qual o propósito que a vida tem em oferecer tantas decepções, seria o destino um sádico que sente prazer com as mágoas que introduz em meu coração.
Onde foi que errei? Em que momento da vida vacilei? Simplesmente adormeci e quando acordei já me encontrei nessa crise existencial...
Onde foi parar os meus sonhos, onde estão as pessoas que tanto amei, e as minhas palavras levadas pelo vento e esquecidas...
Tantas pessoas se perderam de mim, soltaram as minhas mãos...
Justo as minhas mãos que por inúmeras vezes estendi a essas pessoas...
Caminharam sem mim, se esqueceram de meus joelhos tão feridos pelas vezes que cai por tentar ajudá-las...
Não olham para trás, se olharem irão me ver e isso as fariam repensar em suas atitudes...
Elas não desejam isso!
Em que hora o inimigo entrou em minha vida? Acreditei que tudo poderia permanecer sempre em paz, mas me enganei...
Meu maior pecado? Confiar demais nas pessoas, amar demais, ser fiel aos meus sentimentos, dar o melhor de mim sempre e hoje vejo quanta ingenuidade...
Por sempre andar com a luz, esqueci que as trevas existem.
Por amar demais meu coração sempre esqueceu que o ódio também tem seu império.
Sempre agradeci por tudo, me esqueci que a ingratidão é como a erva daninha que cresce em meios as rosas...
Ingratidão tem raízes profundas no coração das pessoas...
Hoje relembro quantas coisas que vivi, quantas pessoas que cruzei nesta vida, pouco restou de outros tempos...
Saudades às vezes bate forte no coração relembrando a falta de tantas coisas e de tantas pessoas que nem imaginam que ainda as tenho guardadas em minhas lembranças...
Fragmentos de memórias que insistem em retornar, é impossível viver sem lembranças, só resta apenas o choro acumulado em meu coração...
Lágrimas de dor, ausência de muitas coisas, vontade de algo inexplicável...
Dores que tenho e carrego como um fardo que me foi dado pela vida, talvez um brincadeira do destino...
Razões não tenho pra tentar explicar o que tento a toda hora entender o porquê de tudo isso que estou vivendo...
Pesadelo na qual estou aprisionada, e por mais que tento acordar é em vão meu esforço...
Talvez uma prova da vida, um teste longo e difícil sem prazo determinado para acabar...
São noites traiçoeiras que insistem em permanecer e ofuscar a luz de um novo amanhecer..."
Roseane Rodrigues