O Mental e o Espiritual Quando pensamos... Raquel Freire
O Mental e o Espiritual
Quando pensamos em espiritualidade logo nos vem à mente que encontrar Deus é busca-lo do lado de fora. Que esse Deus, essa energia tão grandiosa está em um lugar, que não dentro de nós mesmos.
Mas a essência primordial de toda espiritualidade, o objetivo dela é que ao espiritualizar me estarei interiorizando- me. É conhecendo a si próprio profundamente que passamos a amar a Deus de todas as formas, já que somos partículas dele.
E nessa caminhada de busca espiritual (a palavra espiritual significa conexão com o espírito) tem como objetivo encontrar a essência que muita das vezes no nosso dia-a-dia esquecemos- nos. A nossa essência divina é fonte que jaz a missão de vida, o prazer de viver, é aonde residem os ideais, e é também o zelador da morada de Deus em nós. Longe da essência somos andarilhos solitários na caminhada da vida.
O conceito de céu e de inferno nada tem a ver a lugares exteriores a nossa consciência. O céu é aqui, é o nosso mental, que quando não bem estruturado esse mental poderá ser também o inferno interiorizado.
Quando eu me espiritualizo quando eu vou para fora acendendo uma vela- adorando uma imagem, saudando alguma força que penso estar alheia a mim automaticamente estou buscando a conexão, a religação (a palavra religião significa religação) com esse eu, esse Deus que está em mim.
A espiritualidade e o espiritualizar-se carrega como principal objetivo encontrar o seu eu, a sua essência que na maioria se perdeu, ou que se esqueceu mesmo que momentaneamente. Vivenciar Deus tem a ver com conectar-se a ele dentro de si.
Encontrando a mim, a minha essência eu consigo encontrar Deus.
O estudo da mente visa a religação com o lado salutar de sua essência, não obstante, a espiritualidade também deseja isso de você. Logo mente, corpo e espírito não se dividem, são unidade, são uma só banda bem como a nossa maravilhosa um’banda que entoa em significado de uma só banda, na banda do “Um”, onde todos unidos tornam-se um, e os “um” individualizado tornar-se um bando dentro da Umbanda.
Umbanda provém de “m’banda” que significa sacerdote, curador, o que nos possibilita sermos templos sagrados aonde manifesta- se as forças que nos cerca, sendo todos nós templos das deidades as quais trabalham na Umbanda.
Quando o médium umbandista entende que sua missão é servir-se de templo dos orixás ele passa a entender que ali habita nele toda a integridade divina, e para tanto o mental que muito tem a ver com a religação de ser templo ativo das energias deve estar positivo.
Portanto, não somente os médiuns umbandistas bem como todas as pessoas que também participam da assistência devem estar concisos de que somos todos um, uma só corrente, uma só banda e para tanto devemos desejar sermos cada dia mais nobres de espírito e de mente para assim nos sentirmos templos divinos.
"O Médium tem dificuldade em entender que todo o seu psiquismo precisa ser trabalhado lentamente e ir sendo adaptado à sua nova condição: a de membro ativo de uma corrente espiritual" (Sacerdote Umbandista e Mago Rubens Saraceni)
Texto de autoria de Raquel Freire