A tristeza persistente e o vazio... Angela Cristina Brand
A tristeza persistente e o vazio existencial têm sido cada vez mais comuns, aliados a falta de vontade de viver. Enquanto a maioria das doenças estão sendo preventivamente tratadas, a depressão permanece ainda refém do preconceito e da falta de diagnóstico correto. Existe uma barreira, na maioria das pessoas em olhar para a doença como uma patologia, sendo muitas vezes confundida com preguiça, falta de vontade e "corpo mole". A pessoa doente, acaba então sentindo-se envergonhada e vítima das críticas e da falta de informação, inclusive familiar. O isolamento e o silêncio favorecem neste caso, a piora da doença. Com o agravamento dos sintomas e a falta de tratamento necessário, a doença vai tomando forma e tornando-se um grande pesadelo, tanto para quem adoeceu, como para a família. O risco de suicídio existe e com muita frequência temos visto notícias de pessoas que tiram sua própria vida. A maioria dos suicidas eram portadores de depressão. Estes dados, que para mim são alarmantes, apontam para a falta de informação, compreensão e entendimento. Faltam
campanhas explicativas que possibilitem ao doente o encorajamento para poder falar da sua dor, do seu sofrer. Falta a família e a sociedade perceberem a gravidade da doença e tomar consciência de que todos devemos ajudar.
Se você é portador de depressão ou conhece alguém que esteja doente, compartilhe, seja generoso, menos preconceituoso, procure ajudar, estenda sua mão, seu carinho e seu apoio.
Depressão é uma doença grave e precisa de tratamento, informação e respeito.