“Como estamos hoje?” “Dor... Andrê Gazineu
“Como estamos hoje?”
“Dor emocional terrível e incessante, e a impossibilidade de compartilhar ou articular essa dor me faz um componente dela própria.”
“O que aconteceu?”
“Horror existencial.”
“É muito difícil de descrever a dor emocional em si. Pode expressar algo do seu contexto? Consegue?”
“Sua forma e textura?”
“Não. Relatando as circunstâncias relacionadas à sua causa.”
“O que estraga a felicidade é a veleidade de ser triste.”
“Teus pesares são irrefreáveis, suas dores irrepreensíveis, são, em essência, impossíveis de serem classificadas em qualquer conjuntura reconhecida, espantosas com palavras. Em nome de que lucidez secundarista? Essa insistência em sofrer se fez peregrinar até uma Terra Prometida?”
“Como você sabe tanto?”
“Porque eu sou você.”