Miriam... Falar de ti ou de sua alma... Múcio Bruck
Miriam...
Falar de ti ou de sua alma não faz sã sentido
Sua áurea, por si só, se traduz: pura, iluminada
És a impar que brilha, vinda do nascer do bem querer
Confesso-te, vida outra teria se agraciado com alma gêmea
Bate em ti coração sábio, falante, inquieto
Pulsante, abençoado, cativante, único
Coração valente, forjado na nascente das paixões
Mãe de tantos filhos, que conta não faz e nem tem
Sinto por ti, sentimentos de flor e carinho
Quase paupável, rubro, raro, febril
Olho-te derramando luz e vida a cada passo
Ah, quem me dera, ter um dia, jeito assim
Me és exemplo, mais que irmã: amiga!
Santa na loucura que me pegou distraído
Heroína nas aventuranças inseguras do destino
Que me roubam a lucidez plena nas noites insone
Sei das cicatrizes e decepções que em ti tatuei
Ou cousas parecidas, na contramão do real desejo meu
Como certo, jamais me houve esse intento logrado
Só sei que tudo que de bem me vem, ali, seu nome tem