NINGUÉM VIU Há saudades nos meus dedos... Ricardo Maria Louro
NINGUÉM VIU
Há saudades nos meus dedos
De quem passou sem ter passado
Trago dores e segredos
Em silêncios magoados.
Como a ave que partiu
Pra lugares além da vida
Fui tão só que ninguém viu
Que passei de Alma perdida.
Tenho as mãos presas ao vento
Como o vento preso ao mar
Como a vida presa ao tempo
Como o amor preso ao penar.
E agora as mãos fechadas
Trazem noites, trazem Lua
Trazem pássaros sem asas
Trazem sombras pela rua.