Só por hoje, Sentei-me, como quem... Nilton Mendonça
Só por hoje,
Sentei-me, como quem conversa consigo mesmo ali de canto só observando.
Nem contas fazia eu do tempo.
Era tarde morna, abafada de um mormaço típico da estação.
Queria eu apenas vislumbrar oque passava pra lá e pra cá.
Sem medir, nem comentar, nem perguntar.
Apenas me deixar ir na onda da emoção.
Naquele instante só pensei em mim, era um estado de completa adoração interior sem culpa, sem melancolia ou mágoa.
Contei nos dedos os segundos de olhar pálido e estático.
Naquele instante não era eu.
Fiz conta apenas da contemplação.
Porem naquele nano segundo me vi absorto! Oque estava eu a observar se tudo estava turvo, não assimilei se quer o tempo, era como se eu estivesse apertado o ``Pausa´´.
Minha mente que ora estava frenética sentiu desejo de ainda que em breve estagnar-se para logo em seguida refeita continuar a medir o tempo de viver.
Só sei que naquela breve sinapse refiz uma nova estratégia de viver.
E me vi diante do nada que me fez ver que até dele sou tudo.
Só por hoje preciso refazer-me.