O bêbado e a amante Caia a tarde como... Fillipe Fernandes
O bêbado e a amante
Caia a tarde como cai a chuva,
e o bêbado embreagado
- lembrava-me a imagem
dele no espelho, com um chapéu.
Caindo aos poucos
acenava a mão para
uma amante que no
instante lhe sorriu.
O bêbado aproximou-se,
sentindo o cheiro da amante
que roubara o perfume das
rosas com prosa ele ditou:
- "o perfume seu não compara-se
com a de flor alguma, perfume natural, esplendor sensacional.
Apaixonei por ti no momento que a vi,
vou tirar você dessas noites de boêmia
para viver comigo; sem momentos de terror, para ficarmos em um transe de amor.
O dona, minhas palavras são sinceras,
não desespera-se, já basta
o coração meu, que ainda não parou
porque o seu resplendor é o meu redentor."
Poderia ser a noite de bebedeira
o que o transformou em um poeta,
ou foi a beleza da dama que o transformou, num verdadeiro galanteador.