E ME TORNEI UM CÉU SEM ESTRELAS Eu não entendo bem os motivos...

E ME TORNEI UM CÉU SEM ESTRELAS

Eu não entendo bem os motivos que te levaram até mim.
Eu não compreendo o seu interesse em desvendar meus silêncios.
Não sei como você conseguiu enxergar algo além do que eu deixo transparecer.
Mas você veio
Aproximou seu mundo do meu
Você leu cada palavra desse livro extenso e complexo que sou.
Me mostrou o seu jeito de ver as coisas,
de perceber a vida.
Amei cada segundo da sua presença, mesmo ela não sendo inteiramente física.
Você me deixava sempre interessada, intrigada a mergulhar cada vez mais fundo em mares desconhecidos.
Pois nada sabia sobre o amor
E era isso que estava brotando entre nós?
Lembro daquela sua metáfora sobre a folha seca de outono:
“ Pegue uma coisa morta e a faça viva nem que seja por uns momentos em suas mãos”
Acredito que assim também foi comigo.
Você transformou a monotonia em algo novo.
Me fez querer te amar e que você me amasse também.
Me fez viva.
Me deu esperanças.
Mas como eu te disse várias e várias vezes
Eu sou uma bagunça.
Tenho medos maiores do que eu
Meu coração parece uma colcha de retalhos por cicatrizes que o marcam.
Não sou nada.
Sou uma estrela apagada no vácuo infinito do universo
E ja me habituei a dor.
Agora você está longe
Porque nem toda paciência do mundo pode resolver um quebra cabeça sem solução.
E sou nata em me afastar das pessoas que amo
Para a minha proteção e principalmente a delas
Não quero entrar em colapso e levar todos comigo.
E a estrela moribunda desaparecerá dos céus
Enquanto você encontra uma nova constelação.