Nunca amei ninguém que não fosse... Alexandre Santos

Nunca amei ninguém que não fosse possível amar plenamente; e sob todas as formas.
Nenhuma foi desnecessária e nem tão pouco gerou arrependimento.
Se assim fosse verdade, teria eu sido vítima das minhas próprias escolhas. A gente ama ou se aproxima por compatibilidade de sentimentos. O então é amor platônico! Que seja platônico, mas foi por escolha própria.
Nessa vida é assim: ama-se primeiro – pensa depois.
Se esperar para decidir, perde-se o trem da vida, que nos impulsiona para frente.
Por sorte ou por pensar assim, é que convivo bem com a consciência no travesseiro. Não que não tenha erros cometidos a se reparar... Sim senhor! Tenho todos eles.
Más, é pensando em não me dividir que consigo ficar por inteiro.
Não me divido entre a culpa e meus erros, nada disso! Eu inteiramente me colo e me conserto, refaço caminhos, volto passos.
Para se caminhar na vida ou se é descalço e enfrentam-se as feridas abertas na sola do pé surrado ou então se cobre; calçam-se as sandálias para nunca mais sofrer...
Mas viver nas nuvens... Nunca! Eu não tenho - melhor eu não dou asas às loucuras de dizer que amei más fui surpreendido.
Engando pela vida e pelos outros.
A gente é por que é. A gente recebe o que doa.
Deixei em algum lugar da estrada, os rancores, quase todos perdidos de armas nas mãos. Falo e falarei sempre com qualquer um que queira seguir adiante e também se perdendo - deixe na estrada da vida os seus despejos de culpas.
Nenhuma palavra dita, nenhuma ação defendida, nenhuma frase que se soltou da boca, pode ser mudada. O que se falou ou se fez, fica guarda apenas nos livros da história particular de cada um. Mesmo, eu que amontou um monte de memórias, aprendi que elas só tiveram efeito, enquanto eu dava importância. Portanto é com o tempo que se aprende, que viver é confluir com as águas de todos mares e rios, e que nós pessoas, nos encontramos em todos os cantos, em todas as curvas, cedo ou tarde teremos algo para contar. Que seja então...algo belo.