21 de setembro Foi um momento de... Estela Vilas Boas
21 de setembro
Foi um momento de abstração, apenas.
Ele, tão indiferente, cumpriu seu papel de pura simpatia como sempre, cortês, misterioso, apático a qualquer sentimento de culpa ou desconforto pelo seu comportamento das últimas semanas.
Literalmente eu me senti em outro cosmo, vesti minha capa de supermulher e entrei no jogo, sim eu estava sorrindo, mas não me sentia feliz.
Introvertida de sentimentos, me fechei dentro de mim como ninguém jamais faria, entorpecida de autocontrole, como um ex-alcoólatra, convicta de que aquele não passava de mais um dia, ou melhor de alguma horas, a sensação era que ninguém além de mim mesma se importava com aquela situação, ou melhor, com os meus sentimentos.
Pergunto pra mim mesma o porquê você agiu assim? Tão amigo, tão gélido, tão ninguém? Confesso que, após sua saída, o evento ficou muito melhor, porém menos interessante, não tive minhas respostas e mais uma vez tiro as minhas próprias conclusões de um tema que provavelmente só eu estive interessada.
Estive pensando em me afastar, aliás me afastar de quem? Impossível se distanciar de quem sempre esteve longe. Brincando de contatos no Facebook, de próximos no WhatsApp, quando na verdade não passamos de dois estranhos, basta um virgula mal interpretada e já não se sabe mais quem é quem. Triste.
Paz e bem.