Madrugada fria, numa casa vazia, onde a... Sérgio Cancioneiro
Madrugada fria, numa casa vazia, onde a solidão é tempestade, na cama viro de um lado pra outro, difícil de adormecer, na rua um rumor descontrolado, de motores envenenado, e pessoas fazendo bagunça, sinto o cheiro de cigarro, também de gente pinguça, mas não posso me abater, tão pouco me aborrecer, pois tenho até que agradecer por ser solitário, porque do contrário, minha vida seria outra. Solidão tu me perturba, acaba comigo, me deixa arretado, mas também conformado, pois quem quer liberdade, é o preço que se paga, pra andar gauderiando na estrada da vida.