Sobre medo Gosto da delicadeza com que a... Amanda Blan

Sobre medo

Gosto da delicadeza com que a noite nos abraça. Ela vem vagarosa nos distraí e quando percebemos já estamos sobre sua escuridão.
Talvez isso se de com o medo. Começamos ser perceber e quando nos damos conta já somos escravos de nosso medos.
Medo de decepcionar as pessoas que nos admiram que por vezes nos faz dissimular, enganar, mentir, trapacear. Tudo para não perder a simpatia conquistada.
Outras vezes somos dominados pelo medo de desagradar, de fugir do padrão imposto. Medo de ser diferente.
O receio de não contentar aqueles que queremos por perto nos faz não medir esforços para mantê-los junto.
Mas o medo pode ser positivo. É uma fonte ampla de motivação. Nos faz ir além do óbice, nos mantem alerta em constante combate.
Nossos medos podem ser positivos e negativos. Podem nos fazer transcender como podem nos fazer retroceder.
Em momentos, perdemos o que poderíamos ganhar pelo simples medo de arriscar. Podemos nos privar de um minuto a mais de felicidade por medo de uma duvida. É como o medo da luz referido por Platão.
A chave é não ter medo do medo. Simples e leve. As consequências não são letais quando aprendemos a crescer com elas. Quando passamos a dominar nossas derrotas nos tornamos corajosos. Tal coragem não se trata da ausência de medo mas do domínio do mesmo.
Contudo, ter medo é estar vivo. Só não se pode ter medo de viver.
Os que tem medo da vida já estão meio mortos.