Lombra Que brilhantes deuses iluminados... Atrius Catro

Lombra
Que brilhantes deuses iluminados
Que perambulam pelas ruas frias do mundo do meio.
Sentindo todo o frio da solidão do mundo
Chorando aos cantos e becos.
Que brilhantes deuses e loucos iluminados
Pela insanidade da noite da noite fria de verão.
Que loucos, que perambulam pelas ruas amareladas
Cantando, dançando, e falando incansavelmente
Para os quatro cantos do mundo do meio.
Que loucos, iluminados, com a mente quebrada.
Que voam na maquinaria fria da noite, como morcegos;
Em busca de qualquer coisa para se sentirem vivos.
Que loucos iluminados que fogem do sistema
Todas as sextas á noite, para clamar
Sobre os barulhos dos uivos, entre as entranhas da grande cidade
Onde habitam não apenas os deuses e os monstros.
Mas também a heresia, a destruição, a criação.
Que loucos iluminados que renascem em um conjunto de máquinas
Em noites de luas ancoradas e cravadas no céu.
Que iluminados órfãos que nasceram no meio da guerra de 65 milhões de estrelas
E que conseguiriam alcançar a perfeição em uma noite de verão, apenas com a imaginação.

PARTE II
O que eles tentaram alcançar naquelas noites?
Esfarrapados lombrados e atordoados
Pelos espíritos em suas mentes.
Com os olhos atentos ao mundo iroso
E os olhos fechados para a viajem que eles completaram
A translação, a rotação, a libertação.
Que loucos enloucados que cantavam pelas ruas das cidades litorâneas
Como cigarras enlouquecidas, ou os loucos iluminados
Não por suas almas, mas pelas luzes da cidade,
Que apenas em dificuldade, insistem em clamar.
Como loucos, dementes e insanos,
Que depois de sete verões, ainda guardam o picante no peito
Sem diluir uma gota de perdão.
Tão instáveis como o vento,
Tão instáveis como o tempo.
O vento refrescando nossas mentes atadas;
E o tempo levando os verões iluminados por 20 milhões de estrelas.
As que iluminam os olhos e a alma
As almas
Nosso verdadeiro tesouro,
A qual podes negociar no mundo do meio, podes perde-la, ou acha-la,
Como os satélites naturais do mundo fizeram.

PARTE III
Mas que loucos alombrados,
Que esqueceram de olhar além dos seus narizes,
Esqueceram da luz das estrelas, e da luz branca do sol.
Esqueceram o sentido de respirar;
E usam a língua para difamar;
E os dedos para acusar.
Que insanos prisioneiros
Que engoliram as chaves de suas celas;
E ataram os braços com crenças vazias,
Esquecendo do verdadeiro veredito;
A liberdade.
Ou apenas os iluminados que brilham em meio ao mundo;
Com mentes cheias de lembranças,
Pois viram o belo se tornar mal;
Pois tiveram que abrir mão das únicas coisas que importavam para elas no mundo,
Ou os iluminados que já brilharam tanto em meio ao mundo da escuridão,
Que sua clareza o cegou;
Cegos como o vento;
Que correm em infinita liberdade ao infinito nada.
Que noite iluminadas;
Com um bilhão de volts, onde tudo acontece nos cromados ‘’sábados à noite’’.
Que douradas mentes, andam e riem, e nunca bocejam.
Com suas jovens articulações, e seus pulmões negros.
E seus clamados são como mil palmeiras litorâneas;
Que dançam a noite toda com o vento;
O vento salgado, enlodado, e remoso da Riviera.
Que coloridos temperos;
Que adornadas uvas,
E que fartas mangueiras;
Cajueiras;
Abacateiras.
E a dança das árvores; e a luz esbranquiçada do sol.