O dia estava tão embaçado e o céu... Francielle Covaleski Paim
O dia estava tão embaçado e o céu nevoento pela chuva e então foi o último dia que nos vimos ingenuamente. E assim entramos em caminhos diferentes, não houve mais cartas ou telefonemas, emails ou contatos. Nada. Embora tivesse sido a última gota de chuva que eu vira.
Apenas sonhos e momentos que eu relembrava. O bloqueio dos meus pensamentos era tão divisório quanto minha família e os que estavam enterrados profundamente na minha mente, certamente ele constava na lista profunda.
Eu estava lá. A casa estava em chamas. O fogo era intenso e um grande choque para mim. O dia estava nublado e eu assistindo aquele teatro doloroso dentro do carro melancolicamente em que desperta na alma e no olhar vislumbre, seja discreto ou simplesmente patético. Em que o fogo se desfazia, pouco a pouco, eu atrevidamente ligava o carro e devagar e dirigia. Minhas pobres lágrimas a princípio despediam-se piedosamente daqueles coitados que meus olhos haviam observado durante toda minha existência.