Cabeças robotizadas Errei a jornada e... Allan Caetano Zanetti
Cabeças robotizadas
Errei a jornada e parei no morro
Mas qual seria o caminho certo?
Frequentando os mesmos locais
Desconhecendo o real de perto
Selva de pedra, tu és selvagem
Dás alimento aos gananciosos
Quem lhe conhece, quer fugir
A cachoeiras e tempos ociosos
A engrenagem tem sustentação
Que depende da conformidade
É sabido que indagar desagrada
As pretensões da alta entidade
Todas as cabeças robotizadas
Podem, pasmem, perder lugar
Para os robôs, estas criações
Que na teoria não irão pensar
Trocando seis por meia dúzia
O poder central vê vantagem
Porque o criticismo ausente
Irá perpetuar a sua linhagem.