Já gastei todas minhas vidas No avesso... André Vilela
Já gastei todas minhas vidas
No avesso dos dias,
E tenho, agora, os ásperos
Anúncios da tua voz
Amaldiçoando-me pela
Débil luz que chega
Da estrela morta.
Mas tenho fé no amor
Que unem os humilhados
Mendigos do amor.
No ventre das lobas, Transbordando leite quente
Estão retidas todas as histórias.
E nos rastros que levam
Os animais à gruta do coração,
Desvendam os limites
Entre o tudo e o nada.
São rastro de sangue,
Com cheiro de sangue.