Ao avistar teu olhar não pude conter... Irma Jardim
Ao avistar teu olhar não
pude conter minhas lágrimas.
Teu jeito meigo queria dizer-me
mais que tuas poucas palavras
tímidas; que no momento não
soube decifrar.
Fui então guiada pelo coração
que me falava de coisas ainda
não sentidas e tomada de
coragem; fui buscar-te no
caminho.
Encontrei-te novamente.
E no cair da madrugada lançou
sobre minha pele teus desejos
contidos, tua alegria, tua volúpia
reprimida por detrás de teu olhar
perdido.
Em fim completei tudo que minha
alma gritava no silêncio de minhas
fantasias.
Dominando e sendo dominada
nossos corpos se comunicavam
perfeitamente.
Parecia um sonho vivo e real.
Deite um beijo e um até mais,
e mesmo com medo de não
rever-te; enlacei meus lábios
aos teus com tanta intensidade
que parecia o primeiro da vida.
E retornaste novamente, para
saciar-me de coisas reprimidas
e contidas e até desconhecidas
por mim.
Só havia tempo para nós dois.
Em conversa carinhosa e com
ternura continuas a amar-me
até os dias de hoje.
Onde habitas em mim e eu em ti.