Amor, vertente de muitas palavras. Amor,... Paula Parenti
Amor, vertente de muitas palavras. Amor, proveniente de um sabor utópico, somente um coração adentrado na ternura degusta cada singelo pedaço de suas ramificações. Na presença do outro, o amor surge com um sorriso espontâneo ao olhar, com o calor do amparo de duas mãos unidas. No aconchego de um sedoso lençol ou de um terreno gélido, na serenidade da natureza ou no caos de uma cidade rumorosa, a vertente que ramifica o amor é a mesma. Quando duas almas se encontram, o brilho no olhar entre cada mirada não se apaga, a cada impasse esse laço se fomenta, nutre-se de sua encosta. Vertente essa que permite nutrir suas ramificações, mesmo com a partida da flor que um dia carregou em seu tronco. Porque o amor não é o nascimento de uma flor, amor é essa corrente que se espalha entre ramificações, o amor é a sua alma propriamente dita.