O Silêncio A dor reinava enquanto o... Conteúdo Paralelo
O Silêncio
A dor reinava enquanto o lamento ecoava
Na calada da noite barulhenta
É o silêncio que canta
A lei afronta
A lua se levanta e sua luz nos aponta
Nos dando o ar da graça
E clima para o movimento na praça
Footwork! Na correria pra ver o dia
Ninguém tem pressa
Alarme, luzes coloridas
Cidadão noturno se apressa
Predador não quer virar presa
Com uma carta na manga pra virar a mesa
Álcool pra quem tem sede
Meretriz pra quem tem fome
Na rua que é só o breu
Alerta sonoro que indica o céu
E preenche um vazio profundo
Regendo o submundo até o raiar do sol
Quando o sol nasce a melodia muda de tom
O silêncio que prevalece
A vida amanhece
E só escuta quem tem o dom
De um lado, cães rangendo dentes, buzinas
Do outro um breu
Regendo uma orquestra em cada esquina
Festa e cama na mesma calçada
Por ali caminha-se ofegante
Alguém filmando da sacada. Flagrante!
Frenagem de carro. Alguém correu
Por um instante, um insigth, um start
Passagem secreta pra um planeta inimigo meu
Paladar, tato, visão, olfato e audição
De fato se embaralham perdendo a função
Ora a escuridão tentando nos confundir
outrora alguém gritando: encosta aí!
Giroflex, luz na cara
Impediu José de se encontrar com aurora
Quando o sol nasce a melodia muda de tom
O silêncio que prevalece
A vida amanhece
E só escuta quem tem o dom