Imprensa: O que Maysa pensa dos homens -... Maysa Figueira Monjardim

Imprensa: O que Maysa pensa dos homens - Revista do Rádio, s.d.

- Os homens são todos iguais. Dizem que a mulher é a costela que lhes está faltando. Mas, sempre querem várias “costelas” para um só lugar vazio...
- O maior defeito do homem? Normalmente eles têm tantos defeitos que seria impossível dizer qual o maior deles.
- Eu poderia dizer que o homem mais perfeito do mundo é o meu pai. Mas, isso seria piegas. Afinal de contas, quando existir um só homem perfeito no mundo, o mundo deixará de existir.
- Os homens só têm uma bondade: eles podem ser o que as mulheres quiserem. Para isso basta serem levados com carinho.
- Infelizmente essa é a verdade: os homens nasceram para dominar o mundo.
- E como as leis são feitas por eles, claro que eles serão sempre os mais beneficiados.
- Os homens deixarem de ser menos egoístas? Isso é uma coisa tão boa que nós, mulheres, não podemos desejar.
- Volto a dizer o que já disse: se eu voltasse ao mundo, queria ser preto e feio.
- Para os homens o 9º mandamento da Lei de Deus praticamente não existe.
- Os carecas são geralmente os homens que mais impressionam as mulheres. É mesmo dos carecas que elas gostam mais.
- A principal missão do homem é construir o lar e amar, para que a vida continue.
- O mais detestável tipo de homem é o bonitão, o conquistador barato.
- O golpe que o homem nasce com ele no pensamento, desenvolve através dos anos e nem sempre o executa, é o “golpe do baú”...
- Existem, sim, homens de vários tipos. Porém, o tipo mais comum é aquele que prefere enganar para ser mais feliz.
- Eu me casei por amor. Meu marido também o fez assim. E não foi por falta de amor que chegamos à separação.
- O homem normalmente nasce enganado, vive enganado. O diabo é que no final morre enganado, pois não consegue enganar a morte (que é mulher).
- Convenhamos, os homens são fortemente atacados pelas mulheres. Todavia, elas vivem sempre à caça deles.
- Sim, porque é isso mesmo. Já imaginaram um mundo sem homens? Seria tenebroso! As mulheres não tinham nem de quem falar mal...


(Matéria publicada originalmente na REVISTA DO RÁDIO; provavelmente nos anos de 1958 ou 1959)