O início do Trajeto A porta de velha... Yasmin Ribeiro

O início do Trajeto
A porta de velha enferrujada estava trancada há muitos anos. Tantos, que mal sei dizer, tu chegaste e pôs a porta abaixo, ali estava eu machucada e muito ferida, gota nenhuma de sangue encontraste pois eu estava tão fria que emoção eu já desconhecia.
Olhei em volta, não acreditava em mais nada, estava certa e absoluta que iria viver só, por castigo em ser alguém que não merecia uma armadura tão firme e brilhante.
Tu me tiraste do quarto escuro e imundo, estávamos em uma estrada espinhosa que ao cruzarmos a linha de chegada encontraríamos a tesoura que cortaria nossos laços, e então decidi retroceder e ir pelo caminho da razão, encontramos outras armaduras que complementam as nossas proteções e sem elas seríamos alvo fácil.
Continuamos a andar lentamente, até encontrarmos o primeiro pedregulho, passamos por cima dele, e quando nossos pés tocaram o solo te vi ser lançada a escuridão no qual um dia já me encontrei, corri, fui lhe resgatar, me deparei com dois cadeados enormes, um era brilhante o outro enferrujado, ali estavam teus medos mais profundos e amores mais intensos.
Não abati-me quando lembrei que destes tua espada a mim, destruí o cadeado enferrujado e o outro abriu-se, te encontrei calada e cheia de sangue, dei-te uma flor e um beijo.
Todas as cicatrizes fecharam-se, e a espada? – É o amor que sinto.