"As três Marias" (Para você)... _EdsonVaguiner

"As três Marias"

(Para você)

No meio desta infinidade de constelações, as Marias encontram lugar de destaque.
Não vou falar sobre as estrelas, prefiro falar do mito que as envolve. É sabido que segundo a mitologia, Órion foi um gigante apaixonado que lutou para ter o amor da sua amada, mas foi horrívelmente traído pelo rei que, ao invés de cumprir a promessa, deixou-lhes desolado, De-Sol-(a)-dor.
Perdido em seus pensamentos, cometeu um ato delituso...embriagou-se. O segundo ato condenou-o. Como pode um filho de um deus que foi-lhes dado o poder de andar na superfície dos mares, nas profundezas dos oceanos, mergulhar em uma paixão insana?
Furaram-lhe os olhos, e foi condenado a vagar no submundo dos cegos, indo em busca dos raios do Sol, conselho dos deuses, há Ápolo...
Encontrou a luz, voltou a enxergar. Perdeu porém, sua maior preciosidade, o diretito de amar.
Caçador fugaz, não exitou em recomeçar. Ganhou a admiração de uma deusa, ainda que isso não fosse muita coisa (já que os deuses não morrem). Irmã de um deus, sempre causa problemas. Nem os deuses se entendem, pelo amor de Deus!
Novamente, Órion foi vítima de uma emboscada. Um escorpião gigante, (menor que seu amor), atacou-lhes com grande fúria, a mando de Ápolo que sempre manda...Nesta emboscada, fugiu pelo mar, para o mar, a-mar.
Foi atingido por uma lança, uma lança que tanto ele afiou, sim, Ártemis matou-o com sua própria arma, o dardo do amor.
Desolada, ao vé-lo morto, encontrou um lugar entre as estrelas, de um ponto sombrio no ocenao, tranformou-se numa constelação. Com seu cinto, sua espada, a pele de um leão e um cinto, acompanhado de seu cão Sirius, ele brilha, brilha não por causa de uma deusa, brilha por causa de uma fé, por causa de uma crença, por causa de um amor. Há querida Mérope, quanto mal te fiz, quanto bem me fez. Hoje não sou um, hoje sou três, Três estrelas, Três Marias, iguais, porém diferente. Por um amor lutei, cacei, matei, morri, morri novamente, mas decidi ser eterno. Sou incansável, no meio desta infinidades de estrelas sem nome, me chame do que quiser, tenho título de deusa, mesmo sendo humano, não me chamam maias de homem ou mulher me chamam de Maria, a estrela deus do amor.
Das três, você me guia. Para isso você brilha. O universo é pequeno, por isso está no meio. Das três, sou o centro, as outras são coadjuvantes, as outras são meus sentimentos.
Lembranças de quem fui, de quem sou, de quem serei. No mar morri, no céu viverei...