Espinhos aguardam Há milênios muitos... NARA RÚBIA RIBEIRO
Espinhos aguardam
Há milênios muitos
Que as estrelas quedem
Na solitária dor
Do existir.
Mas é imperioso destronar o medo.
Delinear a esperança
Serena
Em meio ao sismo da noite.
Desafiar a amplitude das sombras
Na sobra do afeto.
Sussurrar um poema de vida
Pois o céu
Desfolhado de outono
Ainda é capaz de florir
Um coração em primavera.