MISCELÂNEA No meu próprio delírio... Isabel Morais Ribeiro...
MISCELÂNEA
No meu próprio delírio
Labirinto da minha mente
Numa miscelânea perfeita
Desfruto de tudo que vejo
Mas a agonia que a habita
Neste coração em desalento
Sem rumo afasto-me da vida
É um remoinho em silêncio
Extermina engole o meu sol
Pedra fria num grito silencioso
Ausência sem presença, saída
Calo-me no silêncio que só meu
Longo inverno desencantado
De amarga chuva de sentidos
Uma lágrima persiste na face
Fixo-me numa oração e rezo.