"Tinha traços delicados, que se... Fabiano Roberto da Costa

"Tinha traços delicados, que se perdiam no vão de sua aparência agressiva, invasiva, desagradável, mas agradável aos olhos que viam com emoção olhos afáveis, amáveis, enrustido na rusticidade, na seriedade, na sua forte personalidade que transparecia a sua antipatia, se mostrando em alma fria, solidão em multidão, se escondia dos seus sentimentos, em que em dados momentos pareciam ser uma explosão, ele era a resistência, com paciência, adquiriu sem falha, uma muralha, tinha em si uma fortaleza, uma defesa para ver tudo com clareza e com razão, escondendo até de si mesmo um segredo, que era o seu grande medo de sentir com o coração, sempre com gesto indigesto e palavra rude pra quem quer que se ilude já desistir de sua atenção, atitude indelicada desprezível e desleixada, que já deixava morada para sua despretensão, assim, para quem tivesse coragem de o conhecer por dentro, deveria estar atento a sua confusão, ele era pura misteriosidade, sua complexidade e ambiguidade estavam em igualdade na sua vastidão, arriscar em conhecê-lo era se despir de zelo, ter uma grande dose de loucura, tirar as ataduras, encontrar alguma abertura, achar a luz em meio a escuridão, e eu, com toda minha bravura, eterno gosto de ventura, assumo a minha postura de conhecer e me envolver em sua imensidão”.