As menininhas do futebol Passando hoje,... Kevin Martins
As menininhas do futebol
Passando hoje, pela escola antiga escola onde estudei, me deparei com uma cena. No lugar onde eu jogava futebol com meus amigos, havia um time de meninas - entre 10 e 11 anos - não de meninos. Somente no outro lado da quadra que separa os dois campos, havia dois times de meninos, num número bem menor.
No meu tempo, poucas meninas jogavam e quando jogavam, eram duas ou três que sempre eram as últimas a serem escolhidas, por jogarem menos. As que jogavam, eram chamadas de "menininhos". Se jogavam bem, era dito que jogava que nem macho. Difícil os meninos se apaixonarem por elas. Já as que começavam jogar logo depois, jogavam para ficar perto dos "namoradinhos", assim chamados. Não pelo prazer do esporte, mas sim pela companhia.
A maioria das meninas praticava os jogos de “menininhas”. Dentre eles: vôlei, etc. Iam pintar, desenhar, brincar de boneca na hora do recreio. Última coisa a ser pensada era enfrentar os pais, os professores, os meninos, e ir se meter nos esportes “deles”.
Acontece que agora todos podem pensar longe, sonhar, ler, brincar, sem sair de casa – se informar, principalmente. As meninas estão enfrentando o que foi imposto sobre suas mães. O esporte é só um reflexo. Isso me deixa feliz, não por ser homem, mas por ser humano, sendo nós todos habitantes do mesmo lugar e com os mesmos direitos e deveres. O respeito e a consciência da dimensão de si próprio, deve se obrigatório desde a infância. Isso me deixa com olhos felizes.
É, meu querido amigo das cavernas, agora as mulheres sabem o tamanho que tem.