Interrogações Pobre janela que nem... Maicon Gil Silva

Interrogações

Pobre janela que nem coração tem, se tu soubesses o que eu vejo, talvez nem existiram, um homem se explodindo numa avenida, terrorista, por falta de um bom dia, uma palavra de amor.

O que é isso?
Um bandido?
Um agente da corrupção?
nem precisa gritar : Perdeu!
mata humildes sonhos, talvez os meus, os seus.
E que leis são essas?
não há justiça que tanto se espera, olho pro lado, mas que tanto de zumbis rodando a cidade?
batendo em minha porta:
- Onde está, a dona oportunidade?

"Brasil, país do futuro", como tu es grande, como tu és belo, como deixa um mosquito te roubar?
Vidas... mais vidas
é preciso lutar, mas não chore, guarde estas lágrimas, porque talvez um dia seja, seu último copo d'água.

Planeta Terra,
cadê outros filhos?
Já não estão mais aqui?
Cadáveres?
Pela crença, de fome, de bala perdida, na guerra ou no terremoto do Haiti?
Onde vamos parar?
Onde nossos sonhos se perderam,
Cadê a paz?
A paz que não machuca, a paz que não é falsa, a paz que fica escondidas, esquecidas, à beira das praças.

Mas mesmo assim,
" veras que teus filhos, não fogem a luta"
Seja no trabalho,
em casa ou nas ruas,
sempre estão, em busca de um melhor:
Um melhor de si,
Um melhor país,
Um melhor planeta,
e mesmo que restem tempestades,
tsunami, maremotos , destruição e se não encontramos mais pessoas boas nas ruas,
sejamos nós então.