RIO DO DESTINO Pedaços de árvore seca... R.M. Cardoso
RIO DO DESTINO
Pedaços de árvore seca
Tombada no sertão quente
No período da seca,
Arrastam-se, lentamente,
Nessas águas tão escuras
Do velho e cansado rio,
Que eu, repleto de amarguras,
Da sua margem espio!
Àquela árvore igual
Há muita gente, afinal,
À beira do desatino!
Pois se arrastam tantas vidas
Nessas águas poluídas
De um tal rio do destino!...