CIRCO DE ESPELHOS Meio caminho andado... Thito Campos
CIRCO DE ESPELHOS
Meio caminho andado
Até o fim do mundo
Meus pés na corda bamba
E a cabeça nas nuvens.
Se torna um fio elétrico
Pra desequilibrar
Te torno o equilibrista
E vamos caminhar
É um livro fechado
No canto da prateleira
Morte de terceiros
Fazem queda de reinos
A embriaguez
Se tornou sua amante
Lucro de farsantes
Criam guerras em um instante
São as manhas e as manhãs
E o chá mais frio
O limão e o açúcar
Dentro de um copo vazio
Palavras que levam ao chão
E o pão que o diabo amassou
São socos em si mesmo
Na frente de um espelho
Homens em devaneio
Lendas de um marinheiro
Queda de pássaros cegos
Poetas contra cleros
E você faz o resto
No caminho certo
E o meu caminho ninguém faz pra mim
E você conta o resto
Da história
Pra gerações futuras
Para que não comentam os mesmos erros.