Teve um fim... Seria frustrante... Weslley Marchezan da Silva...

Teve um fim...

Seria frustrante perder-me em linhas de mágoas e tristezas para falar de fim de relacionamentos dos quais eu mesmo fui o culpado. E daqueles dos quais eu nunca entendi por que começaram e muito menos os porquês do término.
Outro dia encontrei-me com vários pensamentos que determinavam o fracasso de minhas perdas, das quais eu gostaria de nunca as ter vivido.
A verdade é que não houve fracasso, não houve perda, não houve término; essas partes ficaram escondidas no tempo em que o menino não as compreendeu, guardadas ao homem que viria.
Este tempo ensinou-me a amadurecer, ensinou-me flexibilidade às decisões, enquanto o corpo crescia na mesma proporção da alma.
Consegui encantar tantos corações e prefigurar tantos sorrisos, fui presenteado com as emoções de outros, em olhares tão profundos de almas que vi se entregarem aos meus abraços, de vozes que transportavam por meus ouvidos o som das doces palavras que me entorpeciam.
Os livros não teriam tantas páginas a publicar os sonhos marcados por promessas deixadas em cartas, bilhetes e ouvidos, sonhos imagináveis que obedeciam ao sim de aventuras, desejos e malicias.
As horas que se somavam para fazer o tempo ficar curto, criando de forma tão repentina os momentos. Dias que findavam na perspectiva de outros que viriam com as realizações planejadas milimetricamente sem certeza alguma, por conta dos desejos das euforias de beijos trocados.
Hoje sou formado dos pedaços de tudo o que trouxe comigo, sem desejo algum de voltar ao passado, eu não precisaria me remontar, não precisaria me reinventar, sou a criação dos planos concebidos pelos desejos ocultos.
Há tempos não me via, por isso não se apaixonava por mim mesmo.