A intriga, a maledicência, a prosápia... Bernardo Soares,
A intriga, a maledicência, a prosápia falada do que se
não ousou fazer, o contentamento de cada pobre bicho vestido
com a consciência inconsciente [?] da própria alma,
a sexualidade sem lavagem, as piadas como cócegas de macaco,
a horrorosa ignorância da inimportância do que são...
Tudo isto me produz a impressão de um animal monstruoso
e reles, feito no involuntário dos sonhos, das códeas úmidas
dos desejos, dos restos trincados das sensações.