Enquanto pouso meus olhos em você,... Fernanda de Abreu Ramos
Enquanto pouso meus olhos em você, olhos parados em você, minha pupila dilata, percorre um arrepio por todo o meu corpo e sem pedir licença, minhas pernas bambeiam, travo inteira, mas o sorriso sai, de um sorriso de quem não se decidiu se é tímido ou sorrateiro, volta meia quando você retribuí e fixa os olhos nos meus, não respiro, não penso, fico contemplando, namorando sua imagem a minha frente que reluz como o sol da manhã desvirginando a madrugada, invadindo, tomando meu corpo, meus devaneios se faz maior quando você sorri, é difícil dividir a atenção entre seu sorriso e o que você me fala, você a essa altura deve achar que tenho algum tipo de demência, tudo estava no controle, mas quando você resolveu sorrir, eu derreti feito manteiga, tinha uma britadeira no meu peito, uma escola de samba em plena avenida, Olodum, minhas mãos estavam tremulas, sorria pra qualquer piada ruim que você me contava, sua risada era música para os meus ouvidos, uma orquestra sinfônica em perfeita sinfonia, a minha imaginação brincava em você, se fazia sol em pleno luar, era o fogo que me deixava em chamas, queimei em brasas em cada toque, seu amor é gostoso demais, seu cheiro me da prazer, pensamento viaja, é engraçado que quando estou com você, nesse turbilhão de sensações que provoca, estou nos braços da paz.