SOB DESENHOS DE VENTOS Ando tão a fim... Paula Monteiro

SOB DESENHOS DE VENTOS
Ando tão a fim de ficar
Navegar em mim
Transitar por entre desertos
Galgar sob silêncios
Percorrer nas muralhas dos meus olhos
Transpirar azuis por entre sonhos
Anunciar vertigens de encantos
E num canto manso
Quieto ...
Minhas asas descanso.
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Eu que sempre fui tempestade ...
Aprendi a salivar o gosto doce e sereno
sem penar qualquer metade!
Porque se próprio amar é imensidão...
Já não quero mais solidão
Quero ser Mar !
Respirar ondas melodiando retidão.
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Minha primazia é fantasiar acordes
de bem querer
E como poeta sonhador ...
Desenho ventos com cheiros de girassóis
Abro as janelas com nuances de manhãs
Respiro céus azuis com infinidades de amanhãs .
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E feito andorinha pousando em encantos ...
Tantos de encantamento
Não sou mais becos escuros e
nem corredores de desalentos
Decifro clarões de plenitude
Me ausento de qualquer correnteza
Me faço eterna por entre entrelinhas do
pensamento
E inda de quebra...
Sento-me na ponta da lua
e além de qualquer momento....
Soou prazeres em meu tempo
Ahh...
Me faço plena em meu próprio
canto de alento.