Não pergunte "como vai... Karla Fioravante
Não pergunte "como vai você?", se não estiver disposto (a) a ouvir a resposta.
Notem...
A frase: "Oi, tudo bem?" - além de uma habilidade social, deveria ser respeitada, ao menos ouvida e respondida.
Nós prontamente respondemos como robôs: Tudo bem e você? Mas, na maioria das vezes não ouvimos, não dialogamos, não queremos ouvir o que o outro quer dizer, muito menos "perder tempo" com diálogo.
Estamos cada dia mais indiferentes, pensando nas nossas questões, naqueles mil problemas que temos a resolver, ou na verborragia de falar de si sequer percebendo a presença do interlocutor.
Falamos! Falamos! Ou ficamos mudos ao mundo, ao outro...
Sinto como se nosso medo tem sido encoberto por interações sociais. E, por vezes nossas máscaras são maiores que nossa própria identidade.
Não sei se estamos adaptados, intolerantes, estressados, impacientes...
Ou se realmente nos falta o desejo espontâneo, gratuito, despretencioso de ouvir o outro com carinho, atenção.
- Vamos logo ao que interessa, não tenho tempo de ouvir se está bem ou não.
É...
Estamos cada vez mais evoluídos e cada vez mais isolados.