“Nascendo de mim” Qual dor é essa... Denise Valentim
“Nascendo de mim”
Qual dor é essa que sangra...
Tão transparente em minha face?
Uma espécie de corte na alma!
E não há tempo que passe...
Não quero subir mais às escadas do medo!
Degrau por degrau...
Voltar cansada de tanto correr!
Chegar caindo os cabelos, agarrada a mim mesma.
Uma espécie de loucura e repetições,
Que se definem...
Fico sem ações!
Paraliso as pernas e digo amém...
Não preciso mais acordar...
Como antes desejei!
Preciso tocar minhas mãos...
Segurar minha alma e sentir o vento no rosto!
Ter um pouco mais de calma.
O silêncio da estrada!
É o que sinto pesar... Estou acabando!
Em meios olhares que me fazem chorar...
Estou rasgando a nado os rios que me afogam,
E morro em mim mesma, nascendo!
07/2016
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Publicado na página @Vida Poética no mês 07/2016