Trago comigo a mania esquisita de ver o... Ângela Beatriz Sabbag
Trago comigo a mania esquisita de ver o bom e o bem em todos. Gostaria muito de desapegar-me desse vício, que não sei se de ofício ou existência.
Tenho vivido esse mais de meio Século de existência na inocência, ou melhor, ingenuamente crendo que todos os ois e olás são dados para a gente por pessoas que realmente se preocupam conosco, que nos estimam e nutrem pela gente todos os bons sentimentos de uma verdadeira amizade.
Aqui não culpo ninguém além de mim, porque vivo uma realidade anacrônica à época em que realmente vivemos.
Quando digo que sou mocinha, não me refiro a minha idade porque essa jamais fiz questão de ocultar, mesmo porque acho que todos devemos nos orgulhar pela bagagem que carregamos. Quando refiro a mim como mocinha é uma alusão feita aos romances que aprecio e também em antagonismo às vilãs que também fazem parte do enredo desse gênero de literatura.
Bem, o fato é que confesso que cansei...já crendo piamente ter feito por essas paragens tudo o que havia para ser feito por mim, tenho entregue diuturnamente minha vida a Quem a criou e a mim me deu.
Ah, como me satisfaria encerrar aqui com um agradecimento a cada qual que de alguma forma conviveu comigo e já aproveitando dar o meu adeus.