(...) E o que irá sobrar no final?... Onça parda

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E o que irá sobrar no final?
Verdadeiramente,eu não sei.
Não somos ligados por fiozinhos invisíveis,nem podemos sequer dizer que temos o controle.
Minha liberdade custou um valor muito alto ao qual nem eu posso pagar,não é certo que ela fique subjulgada nas minhas ou nas mãos de outrem.
De fato,minhas imperfeições e minhas qualidades não me tornam menos ou mais capaz de decidir o que ou não fazer.
Mas posso.
Minha liberdade é um presente revogado, que me foi dada na confiança de que eu descubra a melhor maneira de vivê-la.
Não em cativeiros luxuosos,ou casinhas de pau-a-pique.
É na simplicidade de cada amanhecer, e sob o esplendor magnífico de cada entardecer que vou celebrar cada instante.
Instantes de uma alma inquieta que vive um sonho sob os olhares de algozes vorazes.E sem medo se realiza nas sutilezas dos encontros e desencontros nesse labirinto sem fim.
Não carrego ouro ou prata.
Apesar de não possuir exatamente nada,não significa que não tenha nada,meus tesouros também são incalculáveis,porém eles também vivem! Assim como eu!
Não tenho medo de nada.
Por isso nada pode me deter.
O que eu sou???
Eu sou Vento!
Sou chuva!
Sou Lua Cheia!
Sou Mar!
Sou Sorriso Gargalhada!
Sou Força da Natureza!
Sou Guerreira,sou Amor!
Sou obra do meu Criador.